Como criar cursos online de sucesso: o guia definitivo da pré-produção

A criação de novos cursos online ou a transição de cursos presenciais para o formato de vídeo exige uma pré-produção cuidadosa. Afinal, não se trata apenas de gravar aulas, mas de considerar todo o escopo do projeto e cada aspecto do conteúdo educativo. Nesse artigo, apresentamos de maneira abrangente e prática o que você deve levar em conta no planejamento do seu curso e dicas para um alinhamento completo com a produção.

1. Tempo de Vídeo vs Carga Horária do Curso

É comum que a carga horária seja estimada antes da produção do curso uma vez que algumas certificações necessitam de tempo efetivo de formação para serem concedidas a quem finaliza determinado treinamento, por exemplo.

Nessa momento a intuição seria a conclusão de que determinado curso necessita de um número X de horas de vídeo correspondente ao tempo almejado de formação. Mas não funciona bem assim.

É importante considerar que nem só de aula gravada vive um curso. Diversos materiais de leitura, vídeos complementares, exercícios, avaliações e mentoria, devem ser integrados ao escopo e considerados na alocação do tempo total do curso.

A interação indireta, como leituras complementares e atividades práticas, contribui significativamente para a carga horária total, enriquecendo também a experiência de aprendizado.

Outro erro comum é considerar a mesma quantidade de horas gastas em um treinamento presencial na hora de adaptar esse conteúdo para aulas online.

Nesse tipo de interação presencial as horas são gastas, além das aulas e palestras em si, com interação ao vivo, imprevistos, perguntas e respostas, momentos de pausas, coffee breaks e networking que não são aproveitadas na conversão do curso para o digital.

2. Decisões sobre a Produção

A produção de um curso em vídeo é influenciada por uma série de decisões: 

A decisão entre um conteúdo totalmente roteirizado, lido a partir de um teleprompter pelo instrutor/professor, ou uma apresentação mais livre, apoiada por slides ou tópicos, afeta significativamente a dinâmica do curso.

Elementos visuais como lettering, inserção de imagens e vídeos para ilustração ou demonstração, a quantidade e disposição das câmeras, são decisões que influenciam o custo de produção.

Além disso, a quantidade de instrutores, a inclusão de participações especiais e a realização de demonstrações práticas ou externas são fatores que determinam a complexidade da produção e, por consequência, o orçamento envolvido.


3. Montando o Esqueleto do Curso

Após definir todos os elementos, estruture o curso listando aulas, temas e tópicos, montando o que chamamos de esqueleto do curso. Isso envolve definir o número de aulas e os temas abordados em cada uma, incluindo a introdução ao curso (Algumas pessoas podem se esquecer que a introdução também será um vídeo).

Para cada aula, é importante detalhar os tópicos a serem abordados. Temas mais densos podem necessitar de divisão em mais de uma aula (ou vídeo), enquanto assuntos menos extensos podem ser combinados em uma única sessão.

Em cursos adaptados de formatos presenciais e que já possuam slides, é necessário, nessa fase, selecionar os slides específicos para cada aula.

Já para cursos totalmente roteirizados, é aqui que deve ser fornecido materiais de apoio para que roteiristas internos, freelancers, os professores ou roteiristas da produtora possam adaptar o conteúdo para uma abordagem conversacional e didática.


4. Colaboração e Ferramentas de Roteiro

Cada roteiro, idealmente, deve ser dedicado a um único vídeo, com revisões e alterações facilitadas por documentos compartilhados, como o Google Docs, que evitam problemas de versionamento e facilitam o processo de feedback.

Roteiros bem estruturados, com colunas separadas para áudio e vídeo, são essenciais para garantir que o conteúdo transmitido seja claro e que as informações visuais complementem adequadamente a narração.

Essas etapas podem ser realizadas individualmente ou com o apoio de uma produtora especializada na criação de cursos em vídeo. Quanto mais detalhado for o escopo do projeto, mais preciso será o orçamento e mais alinhado estará o curso com as expectativas finais.

Conclusão

A elaboração cuidadosa na fase de pré-produção é a chave para o sucesso da produção de um curso em vídeo. Ao considerar todos os elementos — do conteúdo didático e metodologia de ensino às estratégias de roteirização e produção audiovisual — você estabelece uma fundação sólida para um curso que não apenas educa, mas também engaja e inspira.

Essa abordagem integrada assegura que o curso reflita a qualidade e os valores da sua marca, maximizando o impacto do seu investimento em educação corporativa.

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Rafael Calvino

Diretor de Produção na Silvertake Vídeo, produtora de vídeo em Belo Horizonte, já coordenou a criação de mais de 7.000 vídeos para mais de 100 empresas. Formado em Publicidade e Propaganda, Rafael combina técnica e criatividade em cada projeto, com foco em vídeos institucionais, publicitários e conteúdos digitais. Sua liderança na gestão de equipes e processos de produção é essencial para garantir a excelência nas entregas da Silvertake, sempre alinhadas aos resultados e necessidades dos clientes.

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